IGREJA MATRIZ DO ENTRONCAMENTO

A 7 de Novembro de 1937 o Cardeal Patriarca de Lisboa, na sua primeira visita ao Entroncamento (que ainda não era paróquia), lançou a primeira pedra daquela que seria a Igreja Matriz do Entroncamento. As obras começaram no dia 2 de Fevereiro de 1938.

Estava previsto que o Entroncamento fosse paróquia aquando da inauguração da nova igreja, mas o Pároco (Pe. Martinho Gonçalves Mourão) pediu ao Senhor Patriarca a criação da paróquia, visto que a Capela de S. João já era praticamente sede de paróquia e convinha que o Entroncamento, tivesse o seu registo religioso, em vista da quantidade da população.

Diga-se que só o número de actos religiosos realizados nesta capela superavam os das paróquias de Atalaia, Barquinha e Tancos todos juntos.

Em 2 de Fevereiro de 1939 o Entroncamento começou a marcar como paróquia própria, sendo seu primeiro pároco o Pe. Martinho Mourão.

Dado que a Capela de S. João parecia cada vez mais pequena, em 7 de Janeiro de 1940 iniciaram-se os baptismos na nova igreja paroquial, ainda em construção. Foi naquele dia baptizado Albino Augusto, filho de António Dias e Lucinda de Jesus Sousa. O primeiro casamento aconteceu em 22 de Janeiro de 1940. O novo casal era composto por Manuel dos Santos e Esperança Nunes Branco.

Antes disto, em 30 de Maio de 1938 já lá tinha sido rezada Missa, com procissão, para despedida do mês de Maria. Em 2 de Outubro do referido ano celebrou-se a primeira Comunhão de crianças. Nessa mesma noite fez-se a primeira grande procissão de velas.

Aos 7 dias do mês de Julho de 1940, o Cardeal Patriarca (D. Manuel Gonçalves Cerejeira), benze e inaugura a Igreja Paroquial do Entroncamento, dedicada à Sagrada Família.

Para a sua construção foi constituída uma Corporação Fabriqueira, de modo a angariar fundos. O seu custo foi de cerca de 600 contos. Desta Corporação faziam parte o Pe. Martinho Gonçalves Mourão, D. António da Cunha e Luís Falcão de Sommer. Contribuíram também as Sras. D. Branca Falcão de Sommer d`Andrade, D. Fernanda Falcão Sommer de Melo e D. Maria Isabel Falcão Trigoso. A C.P., o Estado Novo e o Sr. Cardeal Patriarca também deram a sua contribuição.

A igreja foi construída em terreno cedido para o efeito pela Quinta da Ponte da Pedra, na pessoa da D. Maria Isabel Falcão Trigoso. O projecto foi concebido pelo Dr. Ruy d'Andrade, arquitecto amador, tendo sido o autor oficial o arquitecto Raul Caeiro. Dirigiram as obras o arquitecto António Lino e o Eng. Américo Macedo.

Retirado de “Elementos para a História da Paróquia do Entroncamento”, de
Pe. Martinho Gonçalves Mourão